E o Samba é Nosso no Cocó.

Ontem, dia 04 de julho, no Parque do Cocó, o clima foi regado ao batuque da intérprete Maria Rita. A cantora que se tornou uma das melhores da atualidade, por seu talento próprio, de recursos inesgotáveis, de extensão magnânima e afinação impecável, já se eterniza com o seu samba elaborado, um samba que traz um gostinho de outros dois ritmos irmãos, bossa & Jazz.

Maria Rita trouxe ao público cearense pela segunda vez no ano, o show Samba Meu, turnê do cd lançado em setembro de 2007. A terceira vinda da cantora com a franquia Samba Meu ao estado, não faz do show nada repetitivo, ela se mostra sempre uma cantora mais experiente, uma nova mulher de ar sensual e refinado sem deixar de ligar-se às raízes do ritmo que predomina durante a maior parte do show, o samba.

O repertório, dispensa comentários, desde o samba denso Samba Meu, até o animado e carnavalesco Conta Outra, o passeio por releituras de grandes compositores, como Gonzaguinha, O Homem Falou, e companheiros da intérprete como Edu Krieger, fez do show uma colcha de bordado das mais bonitas e delicadas.

Maria Rita que provou ter talento desde os dois primeiros trabalhos, Maria Rita (2003) e Segundo (2005), reitera tudo com Samba Meu (2007). Junto com a sua verdade que se encarna em arte, a cantora se mostra simpática com o público, numa interação de sintonia pura e sincera.

A recuperação de uma gripe que teve há pouco tempo e que ainda sinaliza, fracamente, não fez com que o show fosse adiado e nem tão menos levado em um ritmo parado, Maria pediu ao público para que a ajudasse nos momentos de dificuldade, de “cofcofcof”, como ela mesma denominou, e o público prontamente em coro fez isso.

A chuva só deixou tudo ainda mais bonito e animado, as pessoas que a esperaram ansiosamente não se decepcionaram, os olhos atentos e brilhantes de pessoas que pasmas comentavam: Nossa como ela canta muito! Foi o mais gostoso de escutar. E saber que eu participei desse processo como pessoa que acompanha a carreira dessa magnífica cantora desde tempos de Chico Pinheiro e do nosso tão querido e esperado primeiro cd - Maria Rita, isso me dar um orgulho danado. Orgulho ao dizer que sou contemporâneo de uma artista que se reinventa, se mostra pelo avesso, que mostra cor em suas músicas, em sua sensibilidade compartilhada, sua verdade universalizada, de uma preocupação para com o seu público que é muito bonito.

Vale ressaltar que hoje, 05 de julho, Maria Rita estará cantando o seu samba que se tornou tão nosso na Praça de Quixadá, ainda seguindo o cronograma das Férias no Ceará, promovida pelo Governo do Estado.

Enfim, termino este post, convidando todos a escutar mais ainda Maria Rita, esta intérprete que rompe o tempo atual e mostra que a arte se eterniza, se refaz, se faz e acima de tudo... se sente!

*momento mágico*

Estava, eu, sob forte chuva, molhado, iniciando a rouquidão de tanto que cantava e acompanhando o ritmo do samba que Ela arrasta muito bem, decido que é o momento certo para jogar a blusa.Panz&Pimba. Peço a um amigo que está mais bem posicionado para jogar, ele joga e a bendita blusa cai ao lado da caixa de som.

Ela olha para a blusa e diz:

-Opa! Sorrindo maravilhosamente e olha pro local onde estou.

Eu aceno, doidamente, mostrando que a blusa se trata da mesma blusa que uso no momento.

Ela então acena positivamente e diz ao segurança:

-Você poderia pegar para mim, porque se eu for pegar, como está perto da caixa de som, vai dar microfonia.

E o show prosseguiu.

Enfim sabemos que a blusa já está na ciência de Maria Rita.

Quanto à carta eu entreguei ao segurança que entregou ao assitente de palco (segurança também), o qual estava responsável de guardar os pertences que o público jogava para a Maria Rita.

Agradeço sempre o espaço.

Aqui posso sempre compartilhar de informações que são sim meu ponto de vista. Não procurei imparcialidade quando escrevi isso.

:)