O Panz&Pimba fez questão de registrar o fato mais esperado do final de 2009 do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal da Ceará (UFC) - fora as médias das disciplinas e o IRA, é claro D= - foi a defesa da monografia do estudante de jornalismo Edgel Joseph Teles Correa. O que chamou a atenção nisso tudo? O tema da tal monografia: a não menos polêmica durante o ano de 2009 Xuxa Meneghel. Durante os meses de novembro e dezembro, esse cartaz circulou por todo o campus:

As expectativas se estenderam até o dia 11/12 e até lá, o pôster foi alvo de críticas e brincadeiras. Mas só na sexta-feira 11 é que tudo foi posto à prova...Edgel apresentou sua defesa numa sala lotada (segundo uma das orientadoras, nunca se viu tanta gente presente numa defesa de monografia). Tá curioso pra saber o que saiu disso tudo? Então confere aew a matéria que preparamos. E ATENÇÃO: É IMPORTANTE, IMPORTANTE MESMO, QUE VOCÊ VEJA ATÉ O FINAL. KKKKKKKKKK :
E aí...que nota você daria para esse trabalho? Bem...as
professoras da banca dele deram 10! =D. E o Panz não poderia deixar de conversar com o protagonista dessa história. Confira agora a entrevista que fizemos com o fanático e crítico da rainha dos baixinhos, Edgel Joseph.

P&P - Desde quando e de que maneira vc passou a ser tão fã da xuxa?
Edgel - Desde criança, tenho uma relação que considero “maternal” com a apresentadora. Ainda pequeno, quando meus pais trabalhavam os dois expedientes, as babás colocavam-me de frente à TV para assistir ao “Xou da Xuxa”. Assim, tenho a “loura” como uma segunda mãe que até hoje participa da minha vida, seja ouvindo seus velhos / novos cd’s ou indo ao cinema para ver os filmes. Não tenho vergonha de assumir isso, pois sei muito bem diferenciar fanatismo de admiração.
P&P - A construção de sua personalidade, tão irreverente e espontânea, teve alguma influência da rainha dos baixinhos?
Edgel - Certamente. Xuxa, além de ensinar valores como respeito aos pais, amigos, males da bebida, do cigarro, preservação da natureza, foi símbolo de uma época pós ditadura, em que a sociedade precisava renovar as esperanças. E Xuxa incentiva muito o “soltar a franga”, “seja feliz independente do olhar alheio”, etc. Acredito que ouvir tanto isso influenciou, sim.
E aqui estou eu, livre, leve e solto.
P&P - O tema "Xuxa" em sua monografia representou a realização de um sonho para você, mas quanto à aprovação do assunto, quem lhe apoiou e quem rejeitou seu projeto? Como você lidou com isso?
Edgel - Fiquei admirado com a repercussão. Mas, ao mesmo tempo, foi a prova do quanto a sociedade é hipócrita. Muitos dos que estavam ali não acreditavam que eu realmente estava defendendo o tema. Até eu começar a falar, muitos zombaram e até não consideraram a importância do tema. E, apesar disso, estavam ali. Sabiam da irreverência daquele momento e queriam presenciar o que eles mesmos não teriam coragem de fazer. É um misto de admiração e curiosidade. Enfim, obtive apoio da academia quando entenderam o que, de fato, gostaria de mostrar. A rejeição veio mais dos alunos, alguns, inclusive, pediram-me desculpas por, antes, não acreditarem na verdade do meu tema.
P&P - Você foi um dos estudantes que marcou época na história do curso de comunicação, tendo um programa de rádio e inovando na apresentação da defesa de sua monografia (que foi um sucesso de púlbico). Hoje, você inclusive apresenta um quadro num programa da Tv local, além de um programa radiofônico. A que você atribui tanta popularidade?
Edgel - Às vezes, eu mesmo não acredito no pouco que já consegui. As pessoas não costumam incentivar quem é novo no mercado e muito menos quem não tem um sobrenome de peso na praça. Disso tenho orgulho. Eu mesmo fui atrás, escrevi projetos, consegui colocar meu rosto no site do maior jornal daqui, levei o nome “EdStar” que, comercial ou não, caiu na boca de muita gente, fui parar na rádio e, agora, na TV. Tudo isso em apenas um ano certinho. Se essas conquistas fossem me tiradas agora, estava feliz. Rompi o preconceito e mostrei que, hoje, o diferencial é o que marca e fica!
P&P - Fale um pouco dos seus projetos para esse ano.
Agora, formado, pretendo investir numa especialização. Profissionalmente, quero sentir se TV realmente é o que quero. Apesar de nunca ter negado o quanto gosto de aparecer, é incrível como é bem mais fácil de te estereotiparem do que se você estivesse no rádio ou mesmo no jornal. Tem o fato da privacidade também. Sou muito espontâneo e gosto de fazer as coisas do meu jeito. E a popularidade faz com isso fique a desejar. Investirei, assim, em projetos que tenham a minha cara. Não gosto de ficar alheio. Só vai ao ar ou é impresso se eu aprovar.
Por enquanto, acho que o projeto na TV só tende a crescer, afinal tenho mais tempo agora. Estou vendo propostas de assessorias que lidam com entretenimento – preciso me desenvolver mais nessa área. No futuro, quem sabe, sair até do próprio Estado.
Tantas coisas aconteceram sem eu esperar, então, que venham mais. Acredito muito em mim e nos meus sonhos. Corro atrás mesmo e críticas só escuto se forem muito bem elaboradas. Entretenimento é jornalismo, e isso é o que quero. Os tempos mudaram!
Como sempre digo, querer, poder e conseguir. É o meu lema e parece que tem dado certo. Mas quero muito mais!
Atualmente Edgel apresenta o quadro semanal "Edstar" no programa "Sua Manhã", na emissora local cearense "TV Diário", todas as sextas às 9:30 ;D! No quadro, ele passa por situações inusitadas pela cidade de Fortaleza. Confira algumas de suas aventuras:
Então, é isso...depois de toda essa maratona da cobertura só temos a agradecer ao anfitrião do acontecimento:
Valeu Edgel! ;D
E agradecimentos também a todos que apóiaram e contribuíram para o andamento da matéria como a Gabriela Meneses (amiga do Edgel que fez toda a ponte =D) e o Carlitos Pinheiro , nosso mestre o/, a quem eu enchi o saco na hora de editar o vídeo! xD
Poze...A Equipe Panz&Pimba dessa matéria (Allan Victor, Elias Bruno, Juss e Jéssica Colaço) se despede aqui e estamos sempre a postos para os fatos mais curiosos do universo acadêmico! \o/
Valeeeeeeu!
5 comentários:
Muito boa a matéria. Realmente foi algo inusitado alguém fazer uma monografia baseada na Xuxa, mas que bom que deu tudo certo. O showzinho dele no final do video fechou com chave de ouro.
É bom também saber do êxito de alunos como ele, que nos mostra que quando queremos e vamos atrás do que queremos, as coisas acontecem.
O blog de vcs tá muito massa.
Abraço
Caralho!
O cara se garantiu!
Falar de Xuxa não é simplesmente falar de uma apresentadora de programa infantil, mas é falar de toda uma geração que viu muitas mudanças...
Queria ter tido a oportunidade de ver essa defesa de monografia...
E parabéns à equipe que fez essa matéria, ficou excelente!
bjoO
A matéria ficou muito boa mesmo!
O Edgel é uma figura.
Vai fazer muita falta nos corredores da UFC.
Parabéns pra equipe do Panz e Pimba!
Gente, a entrevista tá bem legal, mesmo. Gosto de quem desafia preconceitos, de quem, apesar de estar desacreditado, vai lá e faz alguma coisa. que marca seu espaço. E foi isso que o Edgel fez (e continua fazendo).
Num curso como o nosso em que se preserva muito uma hipocrisia de manter conteúdos "cults", quando chega alguém que tem coragem de dizer que acha tudo isso uma chatice e faz algo que realmete gosta, que muitas vezes é tachado de inutil e sem valor pelo simples fato de ser agradável à massa, essa pessoa merece ser lembrada com admiração, como é o caso de Edgel.
Gostei da iciativa de vocês de cobrirem o evento.
Muito bom ver que não se trata apenas de uma forma diferente de exercer o lado bom do Jornalismo, mas uma aposta na originalidade, sem tantas referencias a padrões e conceitos retrógrados.
O bom de não ser igual é estar sempre em evidência.
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